O lixo está sendo incinerado de forma incorreta, agravando doenças respiratórias e dermatológicas de pessoas que moram nas redondezas.
Segundo informações dos catadores do Lixão de Riachão do Jacuípe, localizado na Bacia do Jacuípe, há mais de seis anos todo o lixo doméstico e industrial produzido nos hospitais da cidade são despejados frequentemente pelo caminhão da coleta no local.
Segundo informações dos catadores do Lixão de Riachão do Jacuípe, localizado na Bacia do Jacuípe, há mais de seis anos todo o lixo doméstico e industrial produzido nos hospitais da cidade são despejados frequentemente pelo caminhão da coleta no local.
O pior, nenhum material é devidamente separado. O Lixão fica nas proximidades da BR-324, a 3 Km do centro comercial da cidade, próximo ao Bairro da Santa Mônica. No lixo hospitalar são encontrados materiais como:seringas, luvas, remédios, restos de curativos, de partos, placentas e fetos natimortos.
“O lixo dos hospitais é queimado aqui mesmo, ontem mesmo a Sprint de Dr: Gilson, dirigida pelo motorista dele derramou um reboque de remédio ali pra baixo”, indicou o catador Cosme Luiz, chamando a nossa equipe para uma verificação.
Consequências
Insatisfeitos com a poluição provocada pelo lixão,os fazendeiros, como o senhor Hildegardes Pinto, e o senhor Zezito Cordeiro, encaminharam ao Ministério Público uma denúncia do fato com 167 assinaturas, vídeo com depoimentos de moradores, catadores do lixão e fotos.
Até o momento o Ministério Público em Riachão do Jacuípe não deu um parecer sobre o assunto. Há mais ou menos cinco meses que o M.P realizou uma Audiência Pública sobre Saúde Pública no município e as questões referentes ao Lixão sequer foram citadas.
Para o senhor Zezito, as constantes queimadas do lixo aumentam ainda mais os odores, além de atingir suas propriedades com a proliferação de moscas, urubus, e outros vetores de doenças. “Perdemos nossas aguadas, veja a situação, os urubus e cães que passam o dia aqui, visitam nossas fontes de água, além disso, o número de plásticos e ossadas de bichos, levadas pelos cães que aí vivem, é um absurdo”, disse indignado.
A mesma situação acontece com o senhor Edelgardes e outros proprietários, segundo ele, a carne e o leite produzidos nessa região estão comprometidos. “Na última vacinação de nossos rebanhos, sabendo dos riscos, quem veio vacinar foi a própria ADAB, que na ocasião, nos alertou sobre o risco, mas não providenciou medidas contra o poder público”, lembrou Edelgardes.
Impactos Ambientais
Apesar dos prejuízos dos fazendeiros, há consequências de âmbito mais gerais, por exemplo, as chuvas que caem sobre o lixão, descem para um córrego que deságua no Rio Jacuípe, comprometendo todo o solo e as águas do rio.
“O lixo está sendo incinerado de forma incorreta, agravando doenças respiratórias e dermatológicas de pessoas que moram nas redondezas. O acúmulo do lixo, e a queima, com o tempo, transforma tudo em cerume contaminando o solo e toda água, de tanques, açudes, riachos e rios que estejam próximos dessa área”.
O lixo hospitalar altamente infecto faz parte desse banquete da morte, e as pobres criaturas que se expõem nesse trabalho degradante ficam a mercê da própria sorte correndo o risco de se contaminarem e contaminarem toda a família”, analisou o professor e biólogo Joarez Carvalho.
No local, além de homens e mulheres, trabalham crianças, com idade a partir de 11 anos. Tentamos falar com Dr: Gilsoney Passos, Diretor do Hospital Regional, com o Diretor do Hospital Municipal, José Ramiro Ferreira Filho, e com o senhor João Reis de Oliveira, que, segundo os Mobilizadores Sociais, é o proprietário do terreno onde fica o Lixão. Porém, nenhum deles foi encontrado para falar sobre o assunto.
João Reis, mais conhecido como João Tampinha, é pai da esposa (que trabalha na Prefeitura Municipal) de um dos primos do prefeito Lauro Falcão. De acordo com os Mobilizadores Sociais, até maio de 2010 João Tampinha recebia mensalmente R$ 1.100,00 pelo aluguel do terreno, valor que somado ao longo de seis anos daria para comprar mais de dois terrenos iguais para o município.
Suborno e ossada humana no lixão
De acordo com as informações do catador Cosme Luiz, trabalhador do lixão há cerca de seis anos, há 3 anos que ele e sua mãe, dona Maria Augusta de Jesus – também catadora na época, mas afastada por orientações médicas -, encontraram restos de seres humanos. A exemplo; ossos de pernas e braços, crânios, fêmur e outras partes do esqueleto humano.
“Ele chegou aqui um dia mais uns puxa-sacos e me deu R$ 500,00 para eu não abrir o bico. Ele sabia que isso ia dar problema, revelou o catador de lixo, demostrando muita indignação, pois, segundo ele, embora tenha recebido o dinheiro, a vontade foi sempre a de denunciar ao Ministério Público.
Segundo apuramos, os ossos humanos foram trazidos para o lixão no período que o Prefeito Lauro Falcão havia autorizado a limpeza de algumas gavetas no cemitério local. Na mesma época, de acordo com informações de uma professora que não quis se identificar, o aterro da Escola Municipal Carmem e Silva foi realizado com a terra retirada do cemitério, o que causou espanto nas crianças que viram ossadas de esqueleto humano expostas durante o aterramento.
Também foi feito o contato com a prefeitura, contudo, só o prefeito poderia responder a tal denúncia, a informação que tivemos é que o mesmo estava viajando.
“O lixo dos hospitais é queimado aqui mesmo, ontem mesmo a Sprint de Dr: Gilson, dirigida pelo motorista dele derramou um reboque de remédio ali pra baixo”, indicou o catador Cosme Luiz, chamando a nossa equipe para uma verificação.
Consequências
Insatisfeitos com a poluição provocada pelo lixão,os fazendeiros, como o senhor Hildegardes Pinto, e o senhor Zezito Cordeiro, encaminharam ao Ministério Público uma denúncia do fato com 167 assinaturas, vídeo com depoimentos de moradores, catadores do lixão e fotos.
Até o momento o Ministério Público em Riachão do Jacuípe não deu um parecer sobre o assunto. Há mais ou menos cinco meses que o M.P realizou uma Audiência Pública sobre Saúde Pública no município e as questões referentes ao Lixão sequer foram citadas.
Para o senhor Zezito, as constantes queimadas do lixo aumentam ainda mais os odores, além de atingir suas propriedades com a proliferação de moscas, urubus, e outros vetores de doenças. “Perdemos nossas aguadas, veja a situação, os urubus e cães que passam o dia aqui, visitam nossas fontes de água, além disso, o número de plásticos e ossadas de bichos, levadas pelos cães que aí vivem, é um absurdo”, disse indignado.
A mesma situação acontece com o senhor Edelgardes e outros proprietários, segundo ele, a carne e o leite produzidos nessa região estão comprometidos. “Na última vacinação de nossos rebanhos, sabendo dos riscos, quem veio vacinar foi a própria ADAB, que na ocasião, nos alertou sobre o risco, mas não providenciou medidas contra o poder público”, lembrou Edelgardes.
Impactos Ambientais
Apesar dos prejuízos dos fazendeiros, há consequências de âmbito mais gerais, por exemplo, as chuvas que caem sobre o lixão, descem para um córrego que deságua no Rio Jacuípe, comprometendo todo o solo e as águas do rio.
“O lixo está sendo incinerado de forma incorreta, agravando doenças respiratórias e dermatológicas de pessoas que moram nas redondezas. O acúmulo do lixo, e a queima, com o tempo, transforma tudo em cerume contaminando o solo e toda água, de tanques, açudes, riachos e rios que estejam próximos dessa área”.
O lixo hospitalar altamente infecto faz parte desse banquete da morte, e as pobres criaturas que se expõem nesse trabalho degradante ficam a mercê da própria sorte correndo o risco de se contaminarem e contaminarem toda a família”, analisou o professor e biólogo Joarez Carvalho.
No local, além de homens e mulheres, trabalham crianças, com idade a partir de 11 anos. Tentamos falar com Dr: Gilsoney Passos, Diretor do Hospital Regional, com o Diretor do Hospital Municipal, José Ramiro Ferreira Filho, e com o senhor João Reis de Oliveira, que, segundo os Mobilizadores Sociais, é o proprietário do terreno onde fica o Lixão. Porém, nenhum deles foi encontrado para falar sobre o assunto.
João Reis, mais conhecido como João Tampinha, é pai da esposa (que trabalha na Prefeitura Municipal) de um dos primos do prefeito Lauro Falcão. De acordo com os Mobilizadores Sociais, até maio de 2010 João Tampinha recebia mensalmente R$ 1.100,00 pelo aluguel do terreno, valor que somado ao longo de seis anos daria para comprar mais de dois terrenos iguais para o município.
Suborno e ossada humana no lixão
De acordo com as informações do catador Cosme Luiz, trabalhador do lixão há cerca de seis anos, há 3 anos que ele e sua mãe, dona Maria Augusta de Jesus – também catadora na época, mas afastada por orientações médicas -, encontraram restos de seres humanos. A exemplo; ossos de pernas e braços, crânios, fêmur e outras partes do esqueleto humano.
“Ele chegou aqui um dia mais uns puxa-sacos e me deu R$ 500,00 para eu não abrir o bico. Ele sabia que isso ia dar problema, revelou o catador de lixo, demostrando muita indignação, pois, segundo ele, embora tenha recebido o dinheiro, a vontade foi sempre a de denunciar ao Ministério Público.
Segundo apuramos, os ossos humanos foram trazidos para o lixão no período que o Prefeito Lauro Falcão havia autorizado a limpeza de algumas gavetas no cemitério local. Na mesma época, de acordo com informações de uma professora que não quis se identificar, o aterro da Escola Municipal Carmem e Silva foi realizado com a terra retirada do cemitério, o que causou espanto nas crianças que viram ossadas de esqueleto humano expostas durante o aterramento.
Também foi feito o contato com a prefeitura, contudo, só o prefeito poderia responder a tal denúncia, a informação que tivemos é que o mesmo estava viajando.
Fonte: Interior da Bahia
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